Material: soro

Método: Jejum não necessário.

Interpretação

Trata*se de teste não treponêmico por reação de floculação em lâmina que utiliza a cardiolipina extraída do coração de boi como antígeno, utilizado como teste de triagem da sífilis.
Indicação: Triagem para sífilis. Este é o único teste de floculação que pode ser utilizado para pesquisa de anticorpos não treponêmicos no líquor.
Interpretação clínica: Títulos elevados acima de 1/8 são sugestivos, embora não selem o diagnóstico de sífilis, que deve ser confirmado por técnicas mais específicas, como a imunofluorescência (FTA*ABS) ou hemaglutinação (TPHA). Títulos em elevação em amostras pareadas podem ser diagnósticos. Torna*se positivo de uma a duas semanas após o aparecimento do cancro na sífilis primária (quatro a seis semanas após a infecção), atinge o pico durante o período secundário e declina lentamente. É positivo em 99% dos casos de sífilis secundária e em 70% de sífilis terciária. A queda importante no título ou a negativação do VDRL, que costuma ocorrer após o tratamento, pode ser usada para o acompanhamento do paciente como um critério de cura.
Como é um exame não*treponêmico e detecta anticorpos contra um constituinte tecidual normal existe a possibilidade de reação cruzada, sendo que os títulos falso*positivos usualmente não excedem 1/8. As reações falso*positivas com títulos baixos até 1/8 são encontradas, de forma transitória, nas fases agudas de doenças infecciosas bacterianas, virais e parasitárias, como endocardite infecciosa, mononucleose, hepatite C, malária, e na gravidez. E de forma permanente nas doenças auto*imunes, como lúpus eritematoso sistêmico e artrite reumatóide, na hanseníase e em pacientes com linfoma.
OBS: Fenômeno prozona: é a ausência de reatividade em uma amostra que, embora contenha anticorpos não treponêmicos, quando testada sem diluir, ou mesmo em
baixas diluições, apresenta resultado não reagente. É um fenômeno que decorre da relação desproporcional entre quantidade de antígenos e de anticorpos presentes na reação não treponêmica, gerando resultados falso*negativos. Ocorre nas amostras de doentes com sífilis, em virtude da elevada quantidade de anticorpos presentes. Esse fenômeno não é observado nos testes treponêmicos. É observado principalmente na sífilis secundária, fase em que há produção de grande quantidade de anticorpos. Quando a amostra de soro puro não apresenta reatividade, mas a amostra diluída a 1/8 apresenta, deve ter ocorrido o fenômeno prozona.

Sugestão de leitura complementar:

Sífilis. Estratégias para Diagnóstico no Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais. http://www.aids.gov.br/sites/default/files/anexos/page/2012/50768/manual_sifilis_miolo_pdf_53444.pdf, consulte em 26 de novembro de 2015.

Coleta: Encaminhar 1 ml de soro , sob refrigeração