Material: Soro

Preparo: Jejum não necessário.

Interpretação: Uso: monitoramento de função renal; marcador de rejeição de transplantes (especialmente renal); avaliação e prognóstico de mielomas, leucemia linfocítica crônica e atividade de SIDA. Sua dosagem urinária pode estar elevada em dano tubular.
Proteínas que passam pela membrana basal glomerular no rim sofrem filtração diferenciada. A permeabilidade é inversamente proporcional ao peso molecular. Apesar disto, somente quantidades diminutas de proteína são detectáveis na urina, porque grande parte das proteínas é reabsorvida nos túbulos.
A beta*2 microglobulina apresenta um PM de 12000 daltons, pertencendo à cadeia leve dos antígenos HLA de membrana. Consiste de duas cadeias polipeptídicas: uma cadeia pesada com estruturas antigênicas e uma cadeia leve. Sua determinação sérica auxilia na avaliação clínica da atividade imune celular e como marcador tumoral de linfócitos. Sua avaliação urinária permite observar distúrbios de filtração renal. A proteína é sintetizada no sistema linfático.
Valores aumentados: mieloma múltiplo, LLC, alguns linfomas não*Hodgkin malignos, outras patologias que promovam ativação clonal de linfócitos, doença de Crohn, hepatites, sarcoidose, vasculites, hipertireoidismo, infecções virais.
Valores diminuídos: algumas patologias neoplásicas.

Sugestão de leitura complementar:
Mekitarian Filho E, Carvalho WB. Comparação entre marcadores de lesão renal em crianças gravemente doentes: necessitamos reavaliar a dosagem de creatinina? Rev Assoc Med Bras 2009; 55( 1 ): 6*7.

Stevens LA, Levey AS. Measurement of kidney function. Med Clin North Am 2005;89:457*73.

Coleta: * Coletar amostra em tubo gel;
* Aguardar 30 min para retração do coagulo;
* Realizar a centrifugação em 3.200 RPM por 12 min;
* Encaminhar amostra sob refrigeração, de 2ºC a 8ºC.